Por Brian Love
PARIS (Reuters) - Diante de um forte esquema de segurança, dezenas de milhares de pessoas protestaram nesta terça-feira em Paris contra uma proposta de reforma de leis trabalhistas que facilitaria contratações e demissões.
Jovens mascarados e encapuzados se envolveram em batalhas recorrentes com o batalhão de choque enquanto milhares de manifestantes marchavam pelas ruas parisienses.
O Departamento de Polícia de Paris relatou 13 prisões nos momentos iniciais dos confrontos. Jovens destruíram vitrines de lojas e atiraram projéteis contra os policiais, e as ruas ficaram repletas de gás lacrimogêneo e destroços. A torre Eiffel foi fechada pelo restante da terça-feira, já que seus funcionários deixaram o trabalho para se unir à manifestação, tornando impossível garantir uma operação segura da maior atração turística da França, disse a empresa que a administra.
Depois de confrontos violentos entre o batalhão de choque e jovens mascarados em passeatas anteriores, 130 arruaceiros foram proibidos de circular no centro da capital francesa para limitar o risco de mais brigas, de acordo com o chefe de polícia de Paris, Michel Cadot.
O sindicato trabalhista CGT disse que a manifestação de Paris seria a maior demonstração de força desde que os protestos contra a reforma trabalhista tiveram início no começo de março.
O governo do presidente francês, François Hollande, se recusou a descartar a reforma, que aprovou na Assembleia Nacional por decreto no mês passado e que quer sancionar em julho.